Tratamento da criança com febre

criança febriu

O objetivo principal do tratamento da criança febril é dar conforto e melhorar o seu estado geral, não a normalização da temperatura corporal

Não existe um valor “mágico”, teórico, fixado por consensos ou guias para administrar antitérmicos. A recomendação para uso de antitérmicos em crianças deve ser feita quando a febre está associada a desconforto evidente (choro intenso, irritabilidade, redução da atividade, redução do apetite, distúrbio do sono) e não baseado em um número predeterminado.

O mais importante não é combater a febre, mas avaliar o quadro clínico de sinais e sintomas com um todo, dar suporte ao paciente com uma boa hidratação e, se necessário, o antitérmico, visando aliviar o mal estar geral causado pelo sintoma febre, não buscando valores numéricos de temperatura.

Tenho falado muito isso com os meus pacientes: Medicamos a criança, e não o termômetro. Uma criança com 38oC de temperatura, mas com bom estado geral não precisa receber um remédio. Mas se estiver desconfortável, ai sim é bem indicado.

Vamos lembrar: a febre faz parte do mecanismo de defesa do organismo!

Outro recado importante: a redução da temperatura OU NÃO redução da temperatura 1-2 horas depois da administração dos antipiréticos não deve ser usado para diferenciar entre doenças graves ou não graves.

Sei que a febre preocupa, mas temos que ter muito cuidado com a “febrofobia”, e evitar idas desnecessárias ao hospital.

Dra. Bárbara Fonseca Gazzinelli
Pediatra Gastroenterologista Pediátrica
CRM 58721 / RQE 38159
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